A transição de Peixes pra Áries: Do apocalipse zumbi ao fascismo

Já estamos há algum tempo com urano em Áries e uma das
coisas que chamam a atenção é a temática dos zumbis se proliferando nas mídias,
como filmes, seriados e jogos que se centralizam no tema. Não quero aqui
apontar uma relação de causa e efeito entre o signo de Áries e os zumbis, mas
eu não deixo de encontrar muitas analogias entre as histórias que envolvem
zumbis e a transição zodiacal do signo de Peixes para o signo de Áries. O zumbi
não é nem de um signo nem de outro, mas ele participa do processo de significação
do tema, assim como o destemido sobrevivente que sai atirando nos zumbis
diretamente na cabeça em sua caminhada solitária em busca de uma cura ou de um
lugar seguro.
Primeiro de tudo: Peixes e Áries formam uma relação de
contra-antiscion, uma relação de desarmonia, apesar da proximidade dos dois
signos. Isso não é tão difícil de entender: Peixes é o último signo, Áries o
primeiro. Há uma ruptura severa entre esses dois signos. Apesar de podermos
relativizar e encontrar um conceito de continuação no signo de Áries, a ideia
geral que predomina é a do término em Peixes, e do início em Áries. Mas as
diferenças vão além.
Podemos dividir os 12 signos em 2 partes: A primeira , de
Áries a Virgem, representa um setor individualista, signos cujos princípios são
voltados mais ao indivíduo e a ideias centralizadoras e de separação. A segunda
metade do zodíaco, de Libra a Peixes, contém signos que lidam com a ideia de
coletividade, são signos cujo princípio é o da relação, troca e participação
numa dimensão coletiva, e onde agregamos e nos tornamos plurais.
Peixes é o último signo do setor coletivo, e ele acaba sendo
o signo em que o conceito de pluralidade evolui ao ponto da indiferenciação,
ocorre o que podemos entender como processo de massificação absoluta, quando o
coletivo de todas as individualidades pode ser encarado como um organismo, e
quase com uma nova unidade em si. Dessa forma ele evolui pro signo de Áries,
onde o coletivo ao se massificar torna-se uma coisa só, uma nova coisa e uma
coisa única reiniciando o processo. Porém, quando vemos a coisa da perspectiva
pisciana, o ideal é a união, e a intenção não é necessariamente levar a uma unidade,
mas é o que acaba acontecendo como uma consequência involuntária e inevitável.
Quanto mais profundo é o processo massificador, mais íntegras ficam as unidades,
ao ponto de elas formarem uma nova individualidade, por mais que essa não seja
necessariamente a intenção. Quando chegamos a este ponto, isto é, quando
chegamos ao estágio de Áries e vemos as coisas da perspectiva de Áries, não
conseguimos mais enxergar o passado recente (Peixes) e sua lógica coletivista,
quando ao invés de uma unidade, éramos um coletivo de muitas coisas únicas.
Esse processo de cegueira que um tem em relação ao outro é o que define a relação
de contra-antiscion. Sim, Peixes leva até Áries, mas é incrível a profundidade
do abismo que os separa.     
O zumbi, originalmente, é parte da cultura caribenha e das
práticas conhecidas como vodu, principalmente o vodu haitiano. Trata-se de uma
prática religiosa que envolve toda uma ritualística que se assemelha ao que
chamamos de magia na cultura ocidental. Existem relatos, por exemplo, que falam
de uma prática de “zumbificação” usada para transformar prisioneiros
de guerra, bandidos ou pessoas de temperamento muito violento em escravos
obedientes. Basicamente, era feito um ritual que envolvia a administração de
uma série de drogas psicoativas que privavam o alvo de suas memórias e até
mesmo de sua consciência, transformando-o numa espécie de zumbi que seria usado
como escravo em lavouras. Nem sempre os efeitos eram permanentes, e as vezes o
zumbi se libertava dos “encantos”, mas sua personalidade ficava
irremediavelmente fendida, as vezes adquirindo traços depressivos, e as vezes
traços de comportamento instintivo e violento. Ainda entre os que viviam
imersos na cultura vodu, acreditava-se também que ,mortos poderiam voltar para
o mundo dos vivos e ser encontrados vagando em cemitérios, chorando e
arrastando suas carcaças. Posteriormente, essa crença se espalhou nas regiões
pra onde os escravos caribenhos eram levados, como o sul dos Estados Unidos,
dando origem ao conceito de zumbi moderno, algo que é bem estadunidense.          
Na cultura moderna, o zumbi tem características mais
assustadoras: Em geral o corpo está em decomposição, faltam pedaços do corpo e o
odor da criatura é insuportável. O comportamento é sempre agressivo, os zumbis
encaram outros seres humanos vivos como comida, privilegiando cérebros. E
normalmente, a única forma de se matar um zumbi é atingindo-o na cabeça, ou
decapitando-o. Inicialmente, os movimentos dos zumbis eram letárgicos ,
atualmente se veem filmes e jogos que retratam zumbis muito mais rápidos e
violentos. A questão é que os zumbis são sempre retratados como hordas inconscientes.
A causa da zumbificação varia muito, com a mais frequente atualmente sendo o
surgimento de um vírus que é transmitido através de feridas, geralmente de
maneira instantânea, mas isso varia muito. Normalmente, o contexto em que eles
surgem é o do “Apocalipse Zumbi”, quando por exemplo um vírus  incontrolável transforma cidades inteiras em
zumbi, restando apenas poucos sobreviventes que precisam lutar bravamente e
contar apenas com seus recursos e integridade pra sobreviver.
Essa tem sido uma das modalidades de filmes ou jogos mais
cultuada nos últimos anos, é uma extensão da característica de profundo
individualismo da cultura Norte-americana, que atualmente se propaga pelo mundo
ocidental, principalmente dos anos 90 pra cá. De que maneira os signos de Áries
e Peixes se encaixam nessa lógica? As histórias de zumbis se centram
principalmente Na luta de indivíduos (Áries) contra Hordas (Peixes). Quando
pensamos no termo “Apocalipse”, cujo sinônimo é “juízo
final”, pensamos em finalização de processo e expurgo e nesse sentido,
essa é uma idealização e manifestação do signo de Peixes, talvez uma das
idealizações mais terríveis. O sentimento limítrofe e o desespero associado ao
conceito de apocalipse tornam a ideia toda uma agonia sem fim. Nessa lógica do
apocalipse zumbi, a horda de zumbis simboliza todas as pessoas que faziam parte
da coletividade, absolutamente tudo e todos , e a transformação de todos em
zumbis faz parte do processo de expurgo e leva a toda a coletividade a uma
categoria monstruosa, que precisa ser eliminada de qualquer maneira. Vemos na
lógica do apocalipse zumbi se manifestando uma necessidade extremamente
individualista: A de anular a humanidade de todos. Quando transformadas em
zumbis, as pessoas deixam de ser indivíduos e se tornam uma massa que pode e
deve ser eliminada, sem piedade, em nome da sobrevivência de um único indivíduo
ou de um pequeno grupo, uma matilha de lobos solitários, que não raro, agridem
uns aos outros. Do ponto de vista do zumbi, o indivíduo que não é transformado
é igualmente visto como presa, como comida e precisa ser assimilado pela
multidão. É nesse ponto que eu acho que fica claro o quanto os signos de Peixes
e Áries representam coisas absolutamente inconciliáveis.         
O Apocalipse é uma temática inquestionavelmente ligada ao
processo de passagem do signo de Peixes para o signo de Áries, a ideia de fim e
recomeço. A ideia de um fim, a projeção dos medos e inseguranças na
possibilidade de um evento catastrófico, além do “juízo final”
proposto por diversas religiões onde somos julgados por tudo o que fizemos e
somos punidos pelos erros ou salvos pelos acertos (que variam bastante de
religião pra religião) todos dão uma ideia de limite e se adéquam a posição do
signo de Peixes como derradeiro estágio do zodíaco e Áries como o local onde as
expectativas relacionadas a um futuro são depositadas. Se pensarmos no
fascismo, vemos que o fascismo como uma ideologia coletiva é um desejo de
apocalipse. O estágio pisciano simboliza um estado de caos, de liberdade
absoluta e de ameaçadora indefinição e dissolução, além de não oferecer nenhum
tipo de perspectiva clara relacionada a futuro. Ocorre um movimento dentro
deste que é o mais absolutamente coletivo dos estágios em direção a uma
unidade, em direção a uma nova certeza. Surge assim um desejo de anulação da
atual existência, que possa abrir caminho a algo novo. De maneira totalitária, em
meio a toda a permissividade pisciana surgem as sementes daquilo que tem
potencial de se converter em fascismo. 
Wilhelm Reich disse que o fascismo não foi um movimento imposto sobre
uma massa, mas um movimento criado e buscado pela massa. O líder fascista não
domina a massa, ele é colocado no poder por ela e personifica o desejo dessa
massa em direção a unidade.
É muito fácil encontrar analogias com o fascismo se
pensarmos na temática do apocalipse zumbi. O que levou ao surgimento dos
governos totalitários nos anos 30 foi um sentimento coletivo análogo ao de
‘apocalipse’ a nível econômico que deflagra como consequência o sentimento de
insegurança generalizado. É neste tipo de cenário que surgem as condições que
justificam o aparecimento dos regimes totalitários. No caso do apocalipse
zumbi, é este evento que justifica o aparecimento do herói (dos sonhos mais
individualistas, narcisistas e egocêntricos) que ganha autorização pra dizimar
todo e qualquer zumbi que ele encontrar no seu caminho. Os movimentos de
perseguição e segregação, e a ideia de isolar grupos diferentes ou defeituosos,
que de alguma forma não se encaixam mais na nova realidade que se deseja criar,
quando colocamos esses grupos nos chamados campos de concentração,estamos
diante do processo de desumanização das minorias que tão bem caracteriza o
fascismo. Essa postura segregadora tem analogia direta com a atitude de atirar
na cabeça de um zumbi e mata-lo sem cerimônia. A justificativa do herói é a de
que o zumbi deseja transformá-lo em uma coisa como ele, uma coisa monstruosa,
ou inferior, ou doente. E no contexto do apocalipse zumbi, na estreiteza dessa
realidade alternativa, nada é mais natural do que a eliminação da ameaça.
Quando um grupo é desumanizado e segregado, a justificativa é quase sempre
essa: Ou o grupo é fisiologicamente, fenotipicamente ou moralmente inferior
(gays, indígenas, negros, ciganos, inválidos, doentes mentais), ou o grupo
representa uma ameaça aos interesses da maioria e assim é demonizado (judeus,
estrangeiros, comunistas) . Diante de conceitos assim, o assassinato a sangue
frio e à queima roupa fica fácil. Quando não enxergamos o outro como
humano,  a coisa mais fácil do mundo é
mirar diretamente na cabeça e explodir seu cérebro.  Cérebro , cabeça, crânio, enfim, essas são
curiosamente as partes do corpo relacionadas ao signo de Áries. Em suma: as
histórias de apocalipse zumbi, e principalmente os jogos que nos colocam em
cenários do tipo  são perfeitos pra que
exercitemos nosso “fascista interior”, sem culpa.
Recapitulando as analogias, pra que ninguém se sinta
perdido:
Peixes —-> Áries
Apocalipse econômico —-> Fascismo & totalitarismo
Apocalipse Zumbi ——> Herói especializado em explodir
cabeças de zumbis
O zumbi original tem uma mitologia, e talvez um fundo de
verdade, todo pisciano, no sentido mais negativo que o signo de Peixes pode
assumir. Tratam-se de pessoas vivas convertidas em seres inconscientes ,
insanos e obedientes, através do uso de drogas, com toda uma ritualística e um
elemento supersticioso e místico envolvido no processo. São seres que
eventualmente perdem o controle e tornam-se irreversivelmente violentos ou são
condenados a um resto de vida melancólico e letárgico. A zumbificação para a
escravidão não deixa de ser um processo de desumanização. É a transformação de
pessoas em massa indiferenciada, em instrumento de trabalho. Vimos também que
na mitologia haitiana, existem os zumbis que de fato morreram e que voltaram ao
mundo dos vivos. Indivíduos que transitam entre o mundo dos vivos e dos mortos,
que vagam nos cemitérios, cujos corpos já atestam a sua morte, mas cujas
atitudes contradizem sua condição física. Esse interlúdio entre a sinfonia
coletivista e a sinfonia individualista, esse estado amorfo, entre o mundo dos
vivos e o mundo dos mortos, o ponto em que o 
presente já é passado: Tudo isso é também o signo de Peixes.
O que caracteriza o zumbi é justamente a sua ausência de
personalidade e individualidade, sua insanidade, seu aspecto instintivo, seu
comportamento que frequentemente é retratado como um comportamento de massa.
Qual a diferença entre uma horda de zumbis e uma horda de pessoas enfurecidas
praticando um linchamento?      
A lógica do apocalipse zumbi só privilegia o ponto de vista
do signo de Áries e justifica suas piores qualidades: O individualismo e a
intolerância, além de dar vazão ao seu aspecto mais violento, porque nessa
lógica, ele se faz necessário. Somos 
convidados a entrar na pele de um sobrevivente de um apocalipse zumbi e testemunhamos
sua luta por sobrevivência.  Quando vemos
a proliferação dessa temática em diversas mídias, isso é apenas reflexo do
momento em que vivemos  marcado pela
vitória esmagadora do individualismo e a normalização da intolerância nos
relacionamentos sob os auspícios de Urano em Áries. Mas vivemos ainda em um
período de Netuno em Peixes, e o aspecto da solidariedade pisciana e todo seu
coletivismo confrontam mais do que nunca esses princípios individualistas
simbolizados por Áries. Isso se manifesta atualmente através do confronto  entre direita Liberal (Áries) e Esquerda
assistencialista (Peixes). São visões de mundo completamente antagônicas, que
estão prestes a entrar em choque agora, porque o contra-antiscion entre Urano
em Áries e Netuno em Peixes vai ficar exato ao longo dos próximos 2 anos.   Veja os
graus e as datas do momento exato em que um planeta vai estar no
contra-antiscion do outro:
08/07/2015: Urano em 20°22′ de Áries e Netuno em 09°38′ de
Peixes;
25/03/2016: Urano em 19°34′ de Áries e Netuno em 10°26′ de
Peixes;
No final de 2016 Urano e Netuno vão se afastando
definitivamente da orbe do contra-antiscion exato entre eles.
Nem sempre que vemos a transição de Peixes pra Áries no céu encontramos
na realidade imediata o fascismo. Mas sempre que encontramos o fascismo na
nossa realidade imediata encontramos uma transição de Peixes pra Áries no céu.
O fascismo italiano por exemplo emerge quando um planeta novo, Éris, realiza a
transição do signo de Peixes pra Áries, num contexto monumental, porque éris
fica cerca de 80 anos em Peixes e depois 125 anos em Áries. Na segunda guerra
também vemos essa passagem no trânsito de Saturno, que traz a coisa pro nível
dos acontecimentos: Com Saturno em Peixes ocorre o evento que ficou conhecido
como “a noite dos cristais” e com Saturno em Áries se inicia a segunda guerra
mundial. Os movimentos de unificação dos estados europeus tiveram um caráter
proto-fascista e ocorreram durante uma longa transição de Netuno de Peixes pra
Áries. Assim como a independência de todos os países da América latina, que
ocorreram durante uma transição de Plutão de Peixes pra Áries. Já a Revolução Francesa,
movimento de caráter mais burguês, teve um elemento fascista porque la também
ocorria um movimento profundamente violento que envolvia as massas e que ao
final terminou com o surgimento de um ditador, na figura de Napoleão Bonaparte.
A queda da Bastilha acontece com Saturno em Peixes, enquanto que os eventos
mais violentos da revolução foram se processando com Saturno passando por Áries
até culminar no chamado “terror” (evidentemente, o céu exibia diversos outros
tipos de convulsão).
Este século que mal começou vai ser recheado desta temática.
Urano faz a transição de Peixes pra Áries duas vezes neste século: uma delas
está sendo agora, de 2003 pra cá, e a próxima vai ser nas últimas décadas ainda
deste século. Netuno iniciou um longo processo nessa transição em 2011, coisa
que só vai terminar no início da década de 40. Isso sem falar na conjunção entre Saturno e Netuno, precisamente no grau zero de Áries, em 2026. E assim que esse processo
netuniano terminar, é Plutão quem vai entrar em Peixes e fazer, ao longo de 55
anos essa mesma passagem, até o final do século. O tema básico deste século
está diante de nós. Este é muito mais do que todos os outros, o século das
massas, e também o século do ódio. Por motivos óbvios: Nunca a população
mundial foi tão grande. Eu acredito na possibilidade de vermos movimentos de
massa de proporções colossais, assustadoras e profundamente destrutivas ao
longo deste século, movimentos muito maiores, muito mais monstruosos,
envolvendo vários estados simultaneamente, com caráter talvez intercontinental.
Mas ao mesmo tempo, um movimento irresistível na direção da inovação, porque
esse é o lado positivo das passagens de Peixes pra Áries.      
Sobre o contra-antiscion que agora se forma, entre Urano e
Netuno, a importância dele se dá por conta da intensificação de cada um deles.
Urano está em um signo que reforça seu caráter violento e reformador, e Netuno está
em um signo que reforça sua característica de alinhamento com os movimentos de
massa. Intersecções entre os ciclos de Urano e Netuno tem a característica de
afetas movimentos políticos e culturais, trazendo renovação e mudanças
inesperadas aos movimentos de massa, e ao mesmo tempo fazendo com que as reinvindicações
uranianas careçam de foco, clareza e até mesmo coerência, porque Netuno tem uma
forte característica de confusão. O contra-antiscion em si mesmo é um conflito
severo que opera no mesmo nível de uma oposição.
Os antiscions e contra-antiscions entre Urano e Netuno são
absolutamente cíclicos. Os antiscions ultimamente têm ocorrido sempre com Urano
passando em signos de fogo, e Netuno em signos de terra. E os contra-antiscions
tem ocorrido sempre com Urano em signos de fogo, e Netuno em signos de água.
Sempre  que Urano passa por um signo de
fogo  e netuno por um signo feminino
vemos a formação de um antiscion ou contra-antiscion. Mas isso é desde 1737 (e
ainda vai longe). Antes disso, os antiscions e contra-antiscions ocorriam
sempre com Urano em signos de terra e Netuno em signos masculinos.  Portanto é um tipo de evento comum, porém
muito sutil.  O problema é quando ocorre simultaneamente
o acúmulo de tensões, porque os problemas correm o risco de serem mais
estruturais. Por exemplo, neste contexto atual, Além do contra-antiscion entre
Urano e Netuno, Urano forma uma quadratura com Plutão. Nos anos 30 era
exatamente a mesma coisa que acontecia. Na revolução Francesa ocorria um
contra-antiscion exato entre urano em leão e netuno em escorpião, que estava
exato no dia da execução de Maria Antonieta. Mas simultaneamente ocorria uma
oposição entre urano e Plutão, e um antiscion entre Plutão e Netuno! Era muita
coisa simultaneamente.

A característica básica desse conflito é a agitação a nível
coletivo, e ela se diferencia a depender do signo em que se encontra urano.
Analisando somente o período iniciado no século XVIII, com essas interações
ocorrendo a partir daí sempre com urano em signos de fogo, Podemos dizer que,
quando Urano está em Leão (e Netuno em touro ou escorpião) o conflito se dá no
âmbito dos costumes relacionados a sexualidade, relacionamentos, e a contestação
das autoridades estabelecidas; Quando Urano está em Sagitário (e Netuno em
Câncer ou Capricórnio) o conflito se dá no âmbito ideológico, principalmente na
confrontação entre posturas progressistas e posturas mais retrógradas ou
conservadoras. E finalmente quando Urano está em Áries (e Netuno em Peixes ou
Virgem) o conflito se dá no âmbito dos movimentos de massa, com o conflito
entre as necessidades sociais/assistências e o individualismo e o ódio, havendo
um forte apelo ao autoritarismo;