Sinastria, em termos simples, é o tipo de análise onde se faz a comparação entre dois mapas. Pra isso se lança mão principalmente de dois procedimentos: a) A comparação entre os mapas propriamente dita, onde se verá de que forma o casal (ou mesmo o grupo) interagem entre si, os níveis de compatibilidade por assim dizer; b) o levantamento do mapa composto do casal (ou grupo) que neste caso vai revelar a “anatomia” interna da relação, que tipo de experiência é vivenciada por essas duas pessoas quando consideradas como um conjunto e não mais como individualidades. O mapa composto revela muitos dos problemas que podem surgir somente durante o relacionamento, bem como aponta muitas potencialidades.
Você pode querer analisar a sinastria que existe entre você e sua parceira (o) mas esse tipo de análise não é limitado somente aos relacionamentos afetivos, qualquer tipo de relacionamentos é passível de ser analisado através desta técnica, sejam amigos, inimigos e até mesmo pessoas neutras. De fato a análise da sinastria do casal é o tipo de análise mais procurada, mas pode ser muito útil e valiosa por exemplo a análise de uma teia familiar por exemplo, onde se verificam os relacionamentos entre todos os membros de uma família. Verificar a sinastria existente entre você e o seu melhor amigo ou mesmo do seu grupo de amigos, ou ainda da sua equipe de trabalho. As possibilidades são infinitas: basta que exista relacionamento e acesso aos dados e nascimentos de todas as partes.
A técnica chamada sinastria não é capaz de indicar se haverá relacionamento: Ela parte do princípio de que há um relacionamento existindo. Caso você queira fazer uso desta técnica pra saber se há chances de você de fulano ficarem juntos, você não obterá a resposta desejada e apenas ficará frustrado. Não existe nenhuma forma de predestinação que unifica duas pessoas, e certamente você não encontrará nada que elucide essa questão nem no seu mapa, nem no mapa dele e muito menos no mapa composto. O que você pode fazer é a comparação, para saber de antemão como se dá a interação entre os dois mapas, mas uma análise por exemplo, de mapa composto para um relacionamento que não existe vai apenas mostrar possibilidades, nunca a existência propriamente dita do relacionamento.
Pra isso, existe a astrologia horária, técnica onde você pode perguntar, por exemplo, se você e aquela pessoa com quem você está ficando efetivamente vão ficar juntas, vão namorar e etc. A astrologia horária responde a questões objetivas e dinâmicas (que evolvem tempo) enquanto que a sinastria é um tipo de análise mais estática, uma análise de potencialidades de relacionamento, independente de eles já serem consumados ou não. E é interessante notar que a astrologia horária se limita a dizer se vai ocorrer o relacionamento/pedido de namoro/noivado/casamento e afins, mas ela não pode dizer por exemplo se “vai dar certo”, que é o que a maioria das pessoas efetivamente quer saber. A pessoa está lá namorando com o fulano é quer saber se “a relação vai dar certo”, seja lá o que isso signifique. Essa questão do “dar certo” é muito subjetiva e depende daquilo que uma pessoa entende por relacionamentos.
Fulana pergunta: “vou casar com fulano até o dia tal?”. O mapa horário aponta resposta positiva e apenas isso, mas pode ocorrer de a vida de casado dos dois ser um verdadeiro inferno, repleta de brigas e diferenças e é complicado dizer que um relacionamento pautado nesses moldes “deu certo” ainda que o relacionamento tenha sido consumado. A análise de sinastria pode não ser capaz de afirmar a ocorrência ou não do casamento, mas ela é capaz, sem sombra de dúvidas, de explicar a causa do “inferno” que se tornou a vida de casado.
Um grande problema reside na incapacidade que a maioria das pessoas tem de encarar os relacionamentos de forma realista: Os relacionamentos são sempre uma sucessão de crises, sempre haverá divergências entre um e o outro, sendo essas divergências o potencial deflagrador da crise, mas o problema é que a maioria das pessoas acha que a existência de uma diferença, ou pior, a ocorrência de uma crise seja a sentença de morte de uma relação. É necessário se compreender que relacionamento se pauta na capacidade de mútua de superar as diferenças, superar, conviver a aprender a amar o diferente. Se a pessoa entra em um relacionamento esperando encontrar um igual, é mais fácil se casar com um espelho, porque isso não existe. Crise é normal, briga é normal, agora querer quebrar tudo, acabar tudo, destruir tudo por conta de diferenças, ou simplesmente começar a achar que “está tendo azar no amor”, apenas aponta a incapacidade da pessoa de conseguir se relacionar. E quando a pessoa vem perguntar pro astrólogo “se o relacionamento vai dar certo”, no fundo ela está querendo saber se quando ela entrar nessa relação ela vai conseguir se manter impávida e imaculada ao lado do seu prometido, porque ter que contornar uma diferença parece estar completamente fora de cogitação.
Muito bom Elias, a sinastria é um dos trabalhos mais complexos da astrologia, além do que se a astrologia for referente a relações passionais, as pessoas resistem em ver quase sempre o ponto mais frágil da relação. Ótimo trabalho
adorei…realmente muito interessante,principalmente para quem não sabe o que significam “as linguagens dos astros”,ter um conceito errôneo e parcial pode levar a conclusões desastradas e expectativas potencialmente frustrantes; o que gera descrença e negação… revelador e orientador…muito obrigada por seu trabalho.