Maria Bethânia

No dia 18 de Junho de 1946, às 16:40, em Santo Amaro da purificação na Bahia, nascia a maior diva da música brasileira. Batizada pelo seu ilustre irmão de quem era a caçula, Caetano Veloso, como Maria Bethânia. Com mais de 40 anos de carreira e quase 63 anos de idade, Bethânia foi a primeira cantora brasileira a ultrapassar a marca de 1 milhão de discos vendidos, só perdendo no total de vendas para Xuxa. As fontes para os dados de nascimento foram duas, o site oficial da cantora e também o site da constelar, que diz que o horário foi verificado no registro de nascimento da cantora por Lícia Carybé Ribeiro Mendes.

Com ascendente aos 19° Sagitário e Júpiter posicionado na casa 11 em 17° Libra, lua em 12° Aquário na casa 3, além da conjunção sol-urano em Gêmeos na casa 7, formando um grande trígono de signos aéreos aspectando o ascendente, vemos o contraste da personalidade intelectual e todo o misticismo e religiosidade. Maria Bethânia não é meramente uma cantora e se o fosse certamente não seria aquilo que ela se tornou. E não é por sua voz, ainda que não siga rigidamente nenhuma técnica, com seu timbre único, hipnótico, aveludado. Ela é antes de tudo uma intérprete, não se limita a cantar, mas ela da vida a música em palco, a cantora que é baixinha, mas que fica gigante em palco e se entroniza, endeusa-se.

“Bethânia carrega uma personalidade mística que não escapa às pessoas mais íntimas. É uma “sacerdotisa” para Caetano Veloso, o mais ilustre de seus sete irmãos. “Iansã viva” no palpite do jornalista e produtor cultural Nelson Motta. “Esfinge Baiana” para outro jornalista, o já falecido Ronaldo Bôscoli. “Um orixá”, na opinião do escritor Jorge Amado, ele próprio cada vez mais próximo de se parecer com uma entidade nagô. Nem a nova amiga, a gaúcha e modernete Adriana Calcanhoto, deixa de fazer um comentário esotérico: “Ela tem um fogo sagrado”, avisa Adriana” palavras extraídas da introdução da entrevista concedida para a revista playboy em 1996 e que servem para ilustrar isso que é a imagem de Maria Bethania. É o ascendente sagitariano que aspecta o próprio regente Júpiter, mais a conjuntura de aspectos de lua, sol e urano que criam esta imagem de monólito vivo, de deusa encarnada que não tem explicação lógica. Tudo isso contrasta com a simplicidade da personalidade e com a veia intelectual de leitora ávida.

A lua aquariana na terceira casa é ávida por conhecimento e por informação, ainda que não faça isso de uma forma linear. E somado ao mercúrio em câncer (extremamente sóbrio neste caso por estar em conjunção com saturno) confere o gosto pela poesia e explica o estilo inovador dos shows da cantora, que intercalam a música com declamações de poemas (Clarice Lispector, Vinícius de Morais, dentre outros). Vênus e Marte leoninos são a veia dramática, teatral. Bethania quando criança queria ser atriz, e existe nela sempre esta reverência por quem ela chama de “gente de teatro”.

É também conhecida a rebeldia da cantora, que já passou, por exemplo, por diversas gravadoras sempre brigando com todas. “já passei por todas as gravadoras do Brasil. Sou o contrário da Fafá de Belém, que, num programa de TV em que os quatro convidados dela eram presidentes de gravadoras, dizia, muito orgulhosa, que nunca tinha brigado com eles. Eu brigo com todos e vou-me embora. Gravadora é pra vender e eu, pra criar. Tem de haver um desentendimento.” Sol em conjunção com Urano na sétima casa pode justificar essa faceta, e também o que ela afirma sobre relacionamentos e sua visão sobre sexualidade: Ela se diz ciumenta com qualquer coisa, menos nas questões do amor. Pra ela, sexualidade é secundário na relação, a interação intelectual, a amizade e o romantismo, é isso que conta.

A carreira da artista iniciou-se oficialmente em 13 de fevereiro de 1965 com sua participação no espetáculo Opinião, substituindo Nara Leão. Em junho do mesmo ano a artista lança seu primeiro álbum. Em trânsito vemos a conjunção dos geracionais Urano e plutão em conjunção com o Meio-do-céu virginiano (11°Virgem) da artista, e saturno se opondo a este meio-do-céu transitando sua quarta casa e Peixes.

Os álbuns mais marcantes da carreira de Maria Bethânia foram lançados no fim da década de 70 com saturno passando pelo signo de Virgem, seu Meio-do-céu. Hoje mais do que consagrada a cantora continua lançando álbuns e compilações ao vivo, tendo se desligado das grandes gravadoras valorizando mais do que nunca sua liberdade de criar.